Mesmo com a desvalorização, para quem pensa em comprar algum seminovo, algumas dessas opções podem acabar se tornando um bom negócio.
Sempre é por se precaver para qualquer decisão da vida, isso sobre pensar mais a frente principalmente. Ao comprar um carro, saber os que mais desvalorizam no mercado é um ponto importante para se levar em consideração na hora da compra. Muitas vezes acabar pagando por um carro mais barato agora, futuramente, na troca deste, não conseguir um bom negócio por causa da desvalorização do automóvel.
O mesmo pode acontecer em uma situação invertida, já pensou em comprar aquele carro de última geração? Então, esse é muito bom por sua alta qualidade, logo, se torna um veículo que desvaloriza muito devagar. Mas isso pode dificultar futuramente a situação de venda do veículo. Por ser mais caro por conta da baixa desvalorização, o preço continuará ainda um tanto salgado, o que de certa forma pode ser mais difícil para encontrar compradores.
Em todo esse conjunto de possibilidades, é importante entender o que leva um carro a desvalorizar e quais as causas para isso. Entendendo essa parte, ficará muito mais fácil na aquisição de um carro e, futuramente, este ainda será vantajoso economicamente.
O que leva um veículo a desvalorizar?
Pensando no mais óbvio, a aparência é um dos principais fatores que interferem na valorização do carro. Desgastes internos e externos podem afetar drasticamente o preço de revenda dos veículos. Isso não só sobre pintura e estado dos bancos, mas o conjunto como um todo. Situação de parachoques, jogos de roda, pneu velho, faróis quebrados ou arranhados, riscos na pintura, vidros velhos já esverdeados e interior sujo.
As modificações também são um fator para estar de olho. Isso não é apenas a respeito de mudar cor ou objetos mais simples mas, principalmente, em relação a aparelhos mecânicos do carro. Se na época de manutenção pensar em colocar alguma peça mais barata, saiba que ao vender, essa pecinha que naquele momento foi colocada, agora só trará desvalorização por causa desses objetos não originais. Os adesivos que parecem ser decoração inofensiva, também são determinantes no valor futuro do veículo.
Nada de deixar a manutenção para depois. Quanto mais o carro se esforça com aparelhos descartados ou precisando de reparos, maior será o desgaste geral do motor e toda mecânica. Logo, por mais que eventualmente a manutenção aconteça, o carro como um todo já estará bem desgastado. É como dor de dente, não adianta adiar, a dor continuará e as consequências do atraso na consulta podem ser maiores, como a perda do dente.
Claro que não tem cabimento deixar de usar o carro para simplesmente conservar a quilometragem, mas isso também é determinante na desvalorização. Carros com maior taxa de quilômetros rodados têm valorização diminuída em comparação com os que apresentam menos. Todavia, para remediar isso é só seguir os passos anteriores, deixando o automóvel muito bem conservado.
Carros importados também desvalorizam consideravelmente. Isso por conta da dificuldade de encontrar peças no mercado para esses veículos por rapidamente saírem de linha. É até possível que esses modelos se tornem até inutilizáveis, tendo que acabar vendendo o carro por partes que podem funcionar para reciclagem ou outras fabricações. Mesmo se pensar em vender para concessionárias de segunda mão, elas podem ficar relutantes em aceitar por conta dessas dificuldades.
As marcas que mais desvalorizam
- Citroën C3 Picasso – 22,2%
Esse é o terror da desvalorização. O carro tem uma taxa de desvalorização de 22,2% ao ano. Um dos motivos para isso é, principalmente, pela descontinuação desta linha, a qual foi substituída pela Aircross. Um modelo de 2015 pode ser repassado pelo preço médio de 47 mil reais, dificilmente avançando desta casa.
- Chery Tiggo – 21,9%
Mesmo sendo o modelo mais caro da fabricante, nem por isso deixa de ser um automóvel de alta desvalorização. Ele se encontra em segundo lugar com um percentual de 21,9%. Adquirindo atualmente o modelo, ele pode ser revendido por em torno de 41 mil reais.
- JAC j3 Turin – 21,1%
Fechando o trio, o J3 Turin ganha a terceira posição de veículo mais desvalorizado no país. Relatos em sites de feedback, mostram pessoas que tiveram prejuízos financeiros com a aquisição do veículo. Alguns mostram que perderam em torno de 17 mil reais com manutenção e outras coisas, além de desvalorização de 26% em apenas 5 meses, claro, isso em relação ao relator particular. Veja aqui:
- Hyundai Elantra – 20,3%
Com todo sucesso que a fabricante tem no Brasil, esse modelo se torna até uma vergonha para a marca. Tendo 20,3% de taxa de desvalorização, o veículo pode ir para revenda por um valor de 75 mil reais.
- Citroën C4 Lounge – 20,1%
Outro Citroen na lista, então já percebeu que o melhor é evitar essa marca. Agora ela entra na lista no quinto lugar com modelo C4 Lounge, tendo desvalorização 20,1%. Para quem procura um seminovo, esse modelo pode ser encontrado por 63 mil reais. Por já estar um tanto distante das primeiras colocações, o C4 acaba se tornando uma opção viável, mesmo sua marca tendo aparecido duas vezes na lista. De qualquer maneira, cada um tem suas particularidades, os defeitos do C3 Picasso não anulam as qualidades do C4 Lounge.
O que basta é cada um analisar sua situação, sendo muito ou pouco, o valor que entrar no bolso com a revenda de um carro será dinheiro, o que é sempre vantajoso. Daí vale pensar, melhor ficar com um carro ultrapassado só porque ele não vale muito no mercado ou repassar ele e colocar uma boa grana no banco?
